Vochysiaceae

Qualea gestasiana A.St.-Hil.

NT

EOO:

46.229,401 Km2

AOO:

56,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), foi registrada nos estados do ESPÍRITO SANTO, municípios Santa Maria de Jetibá (Teixeira 103), Santa Teresa (Kuhlmann 4808), Venda Nova do Imigrante (Hatschbach 61543); MINAS GERAIS, município Faria Lemos (Leoni 4599); RIO DE JANEIRO, municípios Cachoeiras de Macacu (Baez 1581), Itatiaia (Braga 2760), Nova Iguaçu (Negreiros 31), Petrópolis (Wendt 192), Rio de Janeiro (Ducke s.n.), Valença (Baez 1424); SÃO PAULO, município Ubatuba (Silva 10170).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Marta Moraes
Revisor: Patricia da Rosa
Categoria: NT
Justificativa:

Árvore com até 35 m de altura, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), com ocorrência nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Habita a Mata Atlântica, na Floresta Ombrófila, Floresta Ciliar e Floresta Estacional Semidecidual. Apresenta EOO=40323 km², AOO=56 km², e mais de dez situações de ameaça. De acordo com os parâmetros auferidos para a espécie, foi atribuída a categoria Quase Ameaçada (NT). Embora coletada em Unidades de Conservação de proteção integral, as fitofisionomias florestais da área de ocorrência da espécie encontram-se severamente fragmentadas e modificadas por ações antrópicas, em especial o desmatamento para implantação da agricultura e pecuária.

Último avistamento: 2015
Quantidade de locations: 11
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Mémoires du Muséum d'Histoire Naturelle 6: 254. 1820.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ciliar e/ou de Galeria, Floresta Estacional Semidecidual
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvore de 35 m de altura (Teixeira 103) que habita a Mata Atlântica, na Floresta Ciliar ou de Galeria (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), na Floresta Ombrófila Densa (Baez 1581) e na floresta Estacional Semidecidual (Baez 1424)
Referências:
  1. Vochysiaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB15286>. Acesso em: 12 Nov. 2018

Ameaças (5):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.2 Small-holder farming habitat past,present,future local medium
O município de Santa Maria de Jetibá está localizado na região serrana do Espírito Santo. Martinelli, et al. (2012) realizaram um estudo de uso e cobertura do solo. Os resultados apresentados mostram que 23,05% da área é ocupada por cultivos agrícolas, e só 9,32% da área é dedicada à pastagem. 67,47% da área corresponde à cobertura vegetal. Em Santa Maria de Jetibá o uso do solo está diretamente relacionado à declividade e à altitude, de modo que há um predomínio de cobertura florestal na paisagem em geral do município (Martinelli, et al. 2012)
Referências:
  1. Martinelli, F.S., Sarnaglia Jr, V.B., Coelho, A.L.N., 2012. Estado de conservação de Áreas de Preservação Permanentes (APP) em duas áreas topograficamente distintas do Estado do Espírito Santo. Natureza Online, 10(4), 191-194.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 7.2 Dams & water management/use habitat past,present local medium
O município de Santa Teresa com 68315 ha tem uma hidrelétrica (PHC) instalada no Rio Bonito (ANEEL, 2017; Lapig, 2018).
Referências:
  1. Lapig, 2018. http://maps.Lapig.iesa.ufg.br/Lapig.html (acesso em 31 de outubro 2018).
  2. ANEEL, 2017. Aproveitamentos Hidrelétricos Espirito Santo. Versão 09/03/2017. http://www.aneel.gov.br/documents/655808/0/CADERNO+ESP%C3%8DRITO+SANTO+09.03.2017/212fe8df-94dd-8284-6ce1-d3e16b63925d (acesso em 31 de outubro 2018).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 2.3 Livestock farming & ranching habitat past,present,future local high
O município de Faria Lemos (MG) com 16522 ha tem 55% de seu território (9151 ha) convertidos em pastagem. O município de Santa Teresa (ES) com 68315 ha tem 12,3% de seu território (8449 ha) transformados em pastagem (Lapig, 2018).
Referências:
  1. Lapig, 2018. http://maps.Lapig.iesa.ufg.br/Lapig.html (acesso em 31 de outubro 2018).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1 Residential & commercial development habitat past,present national very high
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001). Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões; Lino, 2003).
Referências:
  1. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Atlantic Forest Biodiversity Hotspot, Brazil. Ecosystem Profiles. https://www.cepf.net/sites/default/files/atlantic-forest-ecosystem-profile-2001-english.pdf (acesso em 31 de agosto 2018).
  2. Ribeiro, M.C., Metzger, J.P., Martensen, A.C., Ponzoni, F.J., Hirota, M.M., 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biol. Conserv. 142, 1141–1153.
  3. Somões, L.L., Lino, C.F., 2003. Sutentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 5.3 Logging & wood harvesting habitat,mature individuals past,present national very high
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2016-2017. Relatório Técnico, São Paulo, 63p.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi coletada em: Reserva Biológica Augusto Ruschi (Kuhlmann 4808), Estação Biológica de Santa Lúcia (Fontana 1885), Reserva Biológica Tinguá (Negreiros 61), Parque Nacional de Itatiaia (Braga 2760), Parque Estadual da Serra da Concórdia (Baez 1424) e Parque Estadual dos Três Picos/Reserva Ecológica de Guapiaçu (Baez 1581).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.